Rádio Freamunde

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quinta-feira, 25 de abril de 2024

Vinte e cinco de Abril:

Não fui a nenhuma manifestação, a idade e a mobilidade já não são o era. Mas não deixei de assistir via televisão aos discursos na Assembleia da República e ao desfile na Avenida da Liberdade em Lisboa.
Achei que o Vinte e cinco de Abril continua vivo e recomenda-se. Exceptuando os Partidos Chega e Iniciativa Libera acho que há pernas para andar.
Se não fosse a Revolução do Vinte e Cinco de Abril continuávamos a ser um País cinzento. Há quem o deseje. Mas são os que não passaram pela ditadura. Se a tivesse vivido certamente tinham outro pensamento.
Quem não se lembra da miséria. Que éramos crianças até aos dez anos. Após estes íamos mourejar para ajudar os nossos pais no sustento do lar. Mas não com todos assim. Os de classe mais abastadas iam estudar. Às vezes sem aptidões.
Quando atingíssemos os vinte e um anos éramos obrigados a ir para o serviço militar. Acabada a recruta e a especialidade uma maioria ia bater com os costados às colónias portuguesas. Com o Vinte e Cinco de Abril acabaçou-se com este flagelo.
Por falar em Vinte e Cinco de Abril. Faz hoje cinquenta e três anos que por esta hora estava dentro do Barco Vera Cruz no Oceano Atlântico a aportar Luanda.
Ainda bem que o Vinte e Cinco de Abril de mil novecentos e setenta e quatro acabou com este trauma para a juventude portuguesa. Muitos o maldizem. Mas deviam de passar por este dilema e outros mais.

Assim sabiam o que era a vida.

Manuel Pacheco 

50 anos do 25 de Abril - Discurso de Rui Tavares na Sessão Solene:

Gen Agostinho explica a nova ajuda à Ucrânia:

Programa Limite — Grândola, Vila Morena — senha nacional do 25 de Abril de 1974:

Pormenor óbvio mas. Na noite de 25 de abril às 0:20 a RTP não filmou o Leite Vasconcelos a dizer a senha do Movimento dos Capitães. O que costumamos ver é uma reconstituição. Aliás a senha não foi transmitida em direto. Fora previamente gravada. O que passou foi um RM (registo magnético). Foi Rádio. Não foi TV.
Luís paixão Martins

Um “inimigo comum” coletivo agora persegue a espécie humana:

 (Stephen Karganovic, in Resistir, 23/04/2024)

Yuval Harari, o porta-voz de Klaus Schwab, fez recentemente uma declaração que deveria causar arrepios na espinha de toda a gente. “Se o pior acontecer e o dilúvio chegar”, disse Harari, ele e a cabala de mestres mundiais obscuros com ideias semelhantes “construirão uma Arca e deixarão o resto afogar-se“.

Ler artigo completo aqui

Do blogue Estátua de Sal

Saudades do Abril futuro:

«O que faltou dizer a Marcelo e a Santos Silva é que as ameaças ao tempo, às regras institucionais, à necessidade de uma “respiração pausada” ou ao pluralismo vêm em grande parte do Governo. O caso TAP, a impunidade dos poderosos e o estilo pasmaceiro e complacente de António Costa não justificam a histeria do Chega, que se estendeu a uma parte do PSD e à nova liderança da IL ou à imprensa — a histeria do Bloco é outra coisa. Mas se não responsabilizarmos o Governo pela degradação da política, pela erosão das instituições e pelo consequente fulgor do populismo, estaremos a fugir à realidade.»

Manuel Carvalho, 25 de Abril de 2023

Este fulano, então ainda director do Público, termina com o parágrafo acima mais um dos caudalosos editoriais sépticos despachados ao longo de 5 anos. Porquê ir buscar a sua prosa inane, na solenidade dos 50 anos do 25 de Abril, de que ninguém se lembra nos poucos que a leram, nem o próprio autor? Por causa da liberdade, essa forma de viver que nos humaniza infinitamente.

Passou um ano. O Governo socialista foi alvo de uma golpada judicial, o Presidente da República aproveitou-a para dissolver uma maioria absoluta no Parlamento, as eleições deram ao Chega uma vitória estrondosa em número de votos e de deputados, uma AD de fancaria foi à rasca para S. Bento mostrar a sua encardida incompetência, e o tal Presidente da República, que anda há dois anos a exibir-se como pessoa cognitivamente diminuída, acaba de pedir ajuda urgente do foro neurológico e psiquiátrico. Comparemos com a lista do valente Carvalho: o “caso TAP” (está só a falar do Galamba, vítima de um taralhouco e da exploração mediática e política que se seguiu), a “impunidade dos poderosos” (quais poderosos? qual impunidade? que tinha o Governo anterior a ver com isso?), o “estilo pasmaceiro e complacente de António Costa” (ou seja, a responsabilidade, ponderação e confiança de Costa como governante, a que se junta o seu exímio sentido de Estado). É isto que tem o topete de invocar como causas do “fulgor do populismo”. Não contente, ainda lava as mãos ao dizer que a “histeria do Chega” se estendeu à imprensa.

A “histeria do Chega” nasceu na imprensa, a partir de 2004. E teve no Público um dos órgãos mais “histéricos” na promoção do populismo de extrema-direita, logo em 2007, na sequência da OPA falhada que a Sonae lançou à Portugal Telecom. Um dia depois da votação na assembleia-geral da PT, literalmente, José Manuel Fernandes (o qual tinha interesses acionistas na operação da Sonae) iniciava uma campanha negra contra Sócrates, e contra o PS, que nunca mais terminou e a qual apontou aos pilares da República. Em 2009, o mesmo Zé Manel lançou a meias com Cavaco a Inventona de Belém. Em 2013, foram buscar o João Miguel Tavares ao Correio da Manhã, com a ostensiva intenção de lhe dar um palco supostamente mais credível para a sua actividade de caluniador profissional. Ainda em 2019, o bravíssimo Manuel Carvalho inventou isto — Citizen Karvalho — em que chafurda numa alucinada teoria da conspiração lançada pela direita após a crise internacional de 2008, quando os seus bancos começaram a cair. O Carvalho fez uma manchete em que trata Vítor Constâncio como mafioso do que seria o crime do século, mesmo do milénio, em Portugal e na Europa. O pânico celerado, pois não tinham quem fosse competitivo face a Sócrates, deu azo à utilização da Justiça, em conluio com a imprensa, para tentar destruir politicamente os socialistas num inaudito vale tudo, inclusive com recurso a incontáveis e normalizados crimes. O Carvalho vestiu essa camisola, nisso sendo apenas mais um no ecossistema da imprensa nacional que está toda, sem excepção, nas mãos das direitas. O milhão de votos no Chega não seria possível sem o efeito decadente e pestífero produzido pelos jornalistas portugueses com poder editorial, e seus apaniguados, há já duas décadas.

A democracia permite os ataques à democracia. A liberdade que começou com o 25 de Abril, portanto, nunca está plenamente realizada. É por isso mesmo que precisamos de a festejar. Para nos recordarmos do nosso futuro.

 POR VALUPI

Do blogue Aspirina B 

Como foi e quem foi!?

 (João Mc-Gomes, in VK, 23/04/2024)


Gosta da Estátua de Sal? Click aquiNo amanhecer da história, quando os grilhões oprimiam e a liberdade era apenas uma sombra distante, ergueram-se heróis, guerreiros de uma causa nobre, para trazer o alvorecer da esperança. Em terras lusitanas, onde o fado tecia os seus destinos, uma geração de bravos se ergueu, desafiando o jugo do opressor, desafiando o destino traçado pelas mãos do poder.

Entre os corações audazes que pulsavam por mudança, destacaram-se homens de fibra, cujos nomes ecoariam pelos anos, como estrelas guias na noite escura da tirania. O capitão Vasco Lourenço, na bravura de seus 31 anos, liderou os destinos em S. Miguel, erguendo-se contra a correnteza da opressão, firmando-se como um bastião da resistência.

Ao seu lado, o major Otelo Saraiva de Carvalho, com a sagacidade de seus 34 anos, traçou os planos que seriam a chave da libertação. Do quartel da Pontinha, ergueu-se como um estrategista destemido, guiando os destinos da revolução com mão firme e coração valente.

E assim, um após o outro, os heróis destacaram-se: Salgueiro Maia, Marques Júnior, David Martelo, Álvaro Fernandes, Carlos Azeredo, Boaventura Ferreira, Delgado da Fonseca, Duran Clemente, Faria Paulino, e tantos outros – nomes que se entrelaçam na teia da história, cada um desempenhando seu papel na epopeia da liberdade.

Hoje, quando as memórias ameaçam desvanecer-se e os ecos do passado se tornam meros sussurros, é imperativo que os jovens conheçam aqueles que lhes legaram o dom da liberdade. Que os mais velhos recordem, com reverência, os feitos dos heróis que ousaram desafiar a tirania e abriram as portas para um novo amanhecer.

Que o povo não esqueça o sacrifício daqueles que lutaram por um ideal maior, e que não desanime diante dos obstáculos que ainda se erguem. Pois falta cumprir Abril, mas enquanto houver um fio de esperança, enquanto pulsar um coração que anseie por justiça e liberdade, a chama da revolução continuará a arder, imortal e inextinguível.

Do blogue Estátua de Sal